COMO SATOSHI NAKAMOTO RESOLVEU O PROBLEMA DOS GENERAIS BIZANTINOS
A inovação que permitiu o consenso descentralizado e a separação do dinheiro do Estado.
Por Daniel Ripoll.
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A grande inovação de Satoshi foi que ele resolveu o Problema dos Generais Bizantinos. Essa descoberta será a responsável por inaugurar um futuro descentralizado para a humanidade.
O que é o Problema dos Generais Bizantinos?
O Problema dos Generais Bizantinos é um problema clássico em computação distribuída, especialmente em relação aos algoritmos de consenso. O problema recebe esse nome por fazer uma analogia com um cenário envolvendo um grupo de generais bizantinos, cada um comandando uma parte do exército bizantino, que precisam coordenar suas ações para atacar ou recuar de uma cidade. O desafio é que alguns dos generais podem ser traidores, fornecendo informações incorretas ou enganosas com a intenção de fazer todo o exército falhar.
Imagine que estamos no ano de 1362, durante a era do Império Bizantino. Um grupo de generais bizantinos está cercando uma cidade e precisa chegar a um consenso sobre atacar ou recuar. Os generais só podem se comunicar por meio de mensagens. Alguns desses generais podem ser traidores, enviando informações falsas para confundir os generais leais. Os generais leais precisam chegar a um acordo, apesar da presença de traidores.
O desafio é criar um protocolo de comunicação que permita que os generais leais cheguem a uma decisão comum, mesmo que alguns dos generais sejam traidores. O protocolo deve ser robusto o suficiente para tolerar a desinformação e garantir que os generais leais tomem uma decisão consistente.
O que isso tem a ver com o Bitcoin? Satoshi resolveu esse problema. O Bitcoin permite que uma rede com dezenas de milhares de nós, em que a maioria não se conhece, alcance consenso sobre o estado do livro-razão sem a necessidade de confiar nos outros nós. Isso é o que permite que o Bitcoin opere de forma descentralizada.
Breedlove compartilhou uma poderosa reflexão sobre isso em uma recente conversa informal. Ele destacou que é por isso que nenhum ataque coordenado contra o Bitcoin por um grupo de governos jamais teria sucesso. Eles também teriam que resolver o Problema dos Generais Bizantinos para montar um ataque com êxito.
Você pode imaginar um cenário em que os Estados-nação mais poderosos tentam, de forma tola, reunir outros países para realizar um ataque coordenado contra o Bitcoin. Os EUA e a UE estariam ansiosos para encerrar essa "coisa" porque ela ameaça seu monopólio sobre o sistema monetário. Mas como eles poderiam confiar que todos os 160 governos realmente estariam comprometidos? E se El Salvador, Argentina, Turquia, China e Rússia declararem que participarão do ataque, mas, na verdade, decidirem trair as grandes nações e não fazer sua parte para extinguir o Bitcoin?
Se um ataque de 51% fosse o vetor de ataque, seria possível ver essas nações "traidoras" decidindo minerar BTC de forma honesta, em vez de usarem seu poder de hash para atacar o Bitcoin. Se toda a frota global de "ASICs atacantes" não estivesse totalmente sincronizada, isso poderia minar o ataque. Os "generais", nesse caso, não conseguiriam coordenar-se de maneira confiável e sem confiança.
Essa é a grande inovação de Satoshi. O Bitcoin é capaz de operar de maneira independente da confiança porque Satoshi resolveu um problema antigo que atormentava a humanidade por milhares de anos. Essa descoberta monumental é o que permitirá à humanidade finalmente separar o dinheiro do Estado.