A Revista Pleb's tem o prazer de trazer um guia inspirado na série de publicações no X “Entendendo o Bitcoin: uma jornada de 21 dias” de Seb Bunney. Traduzido e expandindo por Jeff.
O 11º dia de "Entendendo o Bitcoin" chegou! Hoje, vamos responder: "Quem decide como o Bitcoin evolui se não houver um CEO?
Nos últimos 10 dias, exploramos os fundamentos do Bitcoin: da mineração ao blockchain, da emissão previsível até o limite inquebrável de 21 milhões de moedas. Mas ainda não respondemos a uma das perguntas mais instigantes:
O Bitcoin pode mudar? E, se pode, quem decide essas mudanças?
Diferente dos sistemas financeiros tradicionais, onde um banco central ou um governo pode alterar as regras de forma unilateral — imprimindo moeda, mudando taxas de juros ou manipulando registros — o Bitcoin é um organismo descentralizado. Nenhum indivíduo, empresa ou Estado tem o poder de reescrever sozinho o protocolo. Qualquer alteração só pode ser implementada se houver consenso da rede.
Os guardiões das regras: os nós da rede
Como vimos no Dia 8, os nós (nodes) são a espinha dorsal do Bitcoin. Cada nó roda o software e valida todas as transações, garantindo que ninguém gaste moedas inexistentes, que blocos inválidos sejam rejeitados e que as regras originais sejam respeitadas.
Isso significa que qualquer mudança proposta no protocolo precisa ser aceita pela maioria dos operadores de nós. Não adianta um desenvolvedor escrever código novo, nem um minerador tentar empurrar blocos com regras alternativas. Se os nós não validarem, a mudança simplesmente não acontece.
É como se cada nó fosse um guardião incorruptível da Constituição do Bitcoin.
Por que mudanças são necessárias?
A capacidade de evoluir é vital para a sobrevivência de qualquer sistema vivo — e o Bitcoin, em certo sentido, é um sistema vivo. Mas existe um equilíbrio delicado a ser mantido.
👉 Se o Bitcoin mudasse com frequência, correria o risco de se tornar instável, inseguro e pouco confiável como dinheiro global.
👉 Mas se nunca fosse capaz de se adaptar, acabaria obsoleto diante de novas ameaças ou avanços tecnológicos.
Um exemplo: hoje, a computação quântica ainda não é um perigo real. Mas se um dia for, o processo de atualização descentralizada permitirá que a comunidade implemente defesas contra esse risco.
Essa lentidão, muitas vezes criticada por quem busca “inovação rápida”, é na verdade uma virtude: garante que o Bitcoin só mude quando realmente necessário e quando existir consenso esmagador. É evolução sem precipitação.
🔸 Nem toda mudança é igual: Soft Forks vs. Hard Forks.
Para entender como o Bitcoin evolui, precisamos distinguir dois tipos de atualização:
🔸 Soft Forks – São mudanças compatíveis com versões anteriores. Imagine que você atualiza um aplicativo: quem ainda está na versão antiga continua usando, mas quem está na nova versão tem recursos adicionais. Assim, mesmo nós que não adotam a atualização continuam interagindo com a rede.
Exemplo: SegWit (2017), que aumentou a eficiência das transações sem excluir nós antigos.
🔸 Hard Forks – São mudanças incompatíveis com versões anteriores. A rede literalmente se divide em duas: uma segue as regras antigas, outra adota as novas. Quem não atualizar deixa de fazer parte da rede principal.
Exemplo: Bitcoin Cash (2017), uma bifurcação que gerou uma nova criptomoeda, separada e independente do Bitcoin original.
Uma analogia simples:
Um soft fork é como acrescentar novas palavras a um idioma — quem não conhece ainda entende o essencial.
Um hard fork é como trocar de idioma — se você não adotar o novo, a comunicação se torna impossível.
Quem decide o futuro do Bitcoin?
O processo de governança do Bitcoin não se apoia em líderes, mas em consenso aproximado.
Usuários (nós) são quem realmente escolhem as regras, pois só validam blocos que seguem o protocolo aceito.
Mineradores registram transações, mas não têm poder para impor mudanças de regra.
Desenvolvedores escrevem propostas de código, mas não podem forçar a adoção delas.
É uma coreografia descentralizada: cada ator tem um papel, mas ninguém manda sozinho.
Assim, o Bitcoin não muda porque “alguém mandou”. Ele só muda quando a imensa maioria da rede, espalhada pelo mundo, concorda que essa mudança é necessária.
O que vem a seguir
Agora que entendemos os mecanismos de consenso e governança, podemos avançar para o próximo nível: olhar de perto como as transações acontecem, como são armazenadas no blockchain e de que forma os bitcoins realmente circulam pela rede.
👉 Amanhã, no Dia 12, vamos abrir essa cortina.
#21DaysOfBTC
📌 Este é um trecho da série “Entendendo o Bitcoin: Uma Jornada de 21 Dias”. Ao final dos 21 dias, você saberá mais sobre o funcionamento real do Bitcoin do que 99% das pessoas.
Novo por aqui? Sem problema. Volte ao início e acompanhe do começo. DIA 1.
Sobre o Autor: Seb Bunney é Co-fundador da Looking Glass Education, CIO da Block Rewards e autor do best-seller “The Hidden Cost of Money”. Dedica-se a tornar o Bitcoin e o futuro do dinheiro compreensíveis para todos.
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