A Revista Pleb's tem o prazer de trazer um guia inspirado na série de publicações no X “Entendendo o Bitcoin: uma jornada de 21 dias” de Seb Bunney. Traduzido e expandindo por Jeff.
O 7º dia de "Entendendo o Bitcoin" chegou! Hoje, vamos responder: "O que os mineradores de Bitcoin fazem?
No dia 6 aprendemos sobre a blockchain do Bitcoin — o livro-razão imutável que registra todas as transações.
Mas isso nos leva a uma questão fundamental:
Quem, afinal, adiciona as transações a esse registro?
No sistema financeiro tradicional, esse papel é exercido por entidades centralizadas: bancos, PayPal, Visa. São elas que decidem quais pagamentos passam, quais podem ser revertidos ou até congelados. Em última instância, você não tem controle — está sujeito às regras e censuras de terceiros.
O Bitcoin substitui essa lógica ao entregar a função de processar transações aos mineradores — participantes independentes que mantêm a rede funcionando.
Para evitar que alguém assuma o controle, Satoshi projetou a mineração como uma competição aberta, global, transparente. A cada ~10 minutos, um minerador consegue encontrar um bloco válido e ganha o direito de adicioná-lo à blockchain. A parte fascinante? Qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, pode participar — desde que siga as regras do protocolo.
Por que os mineradores competem?
Resposta simples: incentivo econômico.
Quando um minerador vence, ele recebe:
🔸 Novos bitcoins criados (atualmente 3,125 BTC por bloco).
🔸 Taxas de transação incluídas naquele bloco.
Esse modelo de recompensa mantém os mineradores motivados a competir, garantindo que a rede permaneça descentralizada e segura.
Como eles competem?
A mineração é uma corrida peculiar. Não se trata de velocidade bruta, mas de probabilidade — como um torneio de golfe com milhares de jogadores tentando acertar a bola abaixo de um limite específico. Quem acerta primeiro vence a rodada, e o jogo recomeça.
O processo funciona assim:
O minerador pega os dados das transações e os passa por uma função criptográfica chamada hashing.
Esse processo gera um número de tamanho fixo — o hash.
Para que seja válido, o hash precisa estar abaixo de um alvo definido pela rede.
🔸 Quanto menor o número, melhor — como no golfe.
🔸 Para alcançar isso, os mineradores alteram um pequeno parâmetro chamado nonce e repetem o processo infinitas vezes, até que um hash válido seja encontrado.
🔸 O primeiro minerador a conseguir o resultado certo ganha o direito de adicionar o bloco à blockchain.
Quanto mais tentativas por segundo um minerador é capaz de realizar, maiores suas chances de vitória. É por isso que mineradores usam máquinas especializadas que consomem uma quantidade significativa de energia.
O que torna o Bitcoin mais resistente à censura do que o sistema financeiro tradicional?
Essa competição aberta impede que um único minerador tenha poder absoluto sobre as transações.
Se um minerador decidir não incluir um pagamento, outros terão incentivo econômico para incluí-lo no próximo bloco. A rede recompensa quem processa transações válidas — e isso garante que ninguém possa proibir permanentemente um endereço, congelar seus fundos ou bloquear seu pagamento.
Por que a energia importa?
✔️ Torna fraudes impraticáveis – Alterar transações passadas exigiria refazer todo o trabalho computacional de toda a rede. O custo é tão astronômico que se torna inviável.
✔️ Incentiva a honestidade – Mineração custa caro. A única forma de recuperar o investimento é jogando pelas regras, contribuindo poder computacional e garantindo a segurança da rede.
✔️ Garante consenso global – Milhares de mineradores independentes competindo asseguram que ninguém consiga manipular a blockchain em benefício próprio.
E há um detalhe essencial: conforme o preço do bitcoin sobe, mais mineradores entram na competição, aumentando o hashrate (a potência total de computação da rede). Um hashrate maior significa mais segurança, mais descentralização e mais dificuldade para qualquer ataque.
Curiosidade: a cada 10 minutos, um novo bloco é minerado. Hoje, a recompensa é de 3,125 BTC. Isso significa que, se você possui exatamente 3,125 BTC, em algum momento da história todos os mineradores do mundo competiram durante 10 minutos seguidos para gerar as moedas que você guarda. É esse esforço coletivo que dá solidez e resiliência ao Bitcoin.
A mineração não é apenas o mecanismo de criação de novos bitcoins. Ela é a espinha dorsal da segurança, da descentralização e da resistência à censura do protocolo.
Mas os mineradores não ditam as regras. Quem faz isso são os nós da rede. E é justamente sobre eles que falaremos amanhã no dia 8 da trilha de aprendizado. 🚀
📌 Este conteúdo faz parte da série “Entendendo o Bitcoin: Uma jornada de 21 dias”. Ao final, você vai saber mais sobre Bitcoin do que 99% das pessoas.
Se chegou agora, comece do início aqui: DIA 1.
Sobre o Autor: Seb Bunney é Co-fundador da Looking Glass Education, CIO da Block Rewards e autor do best-seller “The Hidden Cost of Money”. Dedica-se a tornar o Bitcoin e o futuro do dinheiro compreensíveis para todos.
GUIA PROIBIDO DO BITCOIN 🚫
O mundo que você conhece está prestes a ser questionado. O dinheiro que você segura, a liberdade que acredita possuir, a soberania que pensa ter — tudo isso é uma ilusão, cuidadosamente arquitetada por sistemas que acorrentam você. O Bitcoin é a chave.
⚡️ Descubra como o dilema de Triffin afeta as principais economias do mundo e explore o papel do Bitcoin nesse cenário.
👉 Baixe agora mesmo o E-Book “O Privilégio Exorbitante”. 🎯 DOWNLOAD
Leia também: O RIDÍCULO PREÇO DO BITCOIN.









