Por Jeff
Inspirado no discurso de Milton Freedman “O mito do almoço grátis”.
O mito do almoço grátis é a mentira fundamental que sustenta o sistema fiduciário moderno. Governos e bancos centrais prometem crescimento econômico, estabilidade financeira e progresso social, mas tudo isso se baseia em um modelo fraudulento: a criação ilimitada de dinheiro. Eles imprimem moeda sem lastro, gastam sem responsabilidade e transferem os custos para a população através da inflação. Chamam isso de política monetária, mas na realidade, trata-se de um roubo sistemático e institucionalizado.
O dinheiro estatal é uma ferramenta de espoliação. Quando governos expandem a base monetária, cada nova unidade de moeda emitida dilui o poder de compra do dinheiro que já estava em circulação. Isso significa que aqueles que economizaram e trabalharam duro para adquirir riqueza veem seu poder de compra corroído, enquanto aqueles próximos à impressora – bancos, grandes corporações e governos – se beneficiam desse fluxo de dinheiro novo antes que os preços reajam à nova oferta. Isso não é um fenômeno econômico neutro. É um esquema de redistribuição forçada, onde os mais pobres e a classe média financiam, sem perceber, os excessos dos privilegiados do sistema.
A inflação não é um acidente nem um fenômeno inevitável. É uma escolha deliberada dos bancos centrais para manter o ciclo de endividamento infinito. Dívidas públicas nunca são pagas, apenas refinanciadas com mais impressão de dinheiro. O resultado? Um sistema que premia devedores irresponsáveis e pune poupadores. Se você guarda dinheiro fiduciário, você perde.

A inflação não rouba apenas o poder de compra imediato da população — ela também sequestra silenciosamente os ganhos de produtividade. Em um mundo tecnologicamente avançado, onde a automação, a eficiência logística e o progresso computacional deveriam naturalmente baratear os bens e serviços, o resultado óbvio seria a deflação: preços caindo à medida que produzimos mais com menos esforço. No entanto, esse cenário de abundância é sistematicamente apagado pela expansão monetária. A impressão constante de dinheiro artificialmente infla os preços e esconde o fato de que deveríamos estar trabalhando menos e vivendo melhor. Em vez disso, trabalhamos mais horas, sob mais pressão, para manter o mesmo padrão de vida. O avanço da produtividade, que em um sistema honesto serviria para libertar o indivíduo do ciclo de labuta incessante, acaba sendo absorvido pelo mecanismo inflacionário estatal — transformando progresso em ilusão e crescimento em escravidão moderna.
Se você investe em ativos protegidos contra inflação, você entra na corrida especulativa forçada pelo próprio sistema. Isso não é uma economia livre; é um cassino onde a casa – o Estado e o setor financeiro – sempre ganha.
É aqui que o Padrão Bitcoin se torna a antítese desse modelo podre. Diferente do dinheiro estatal, o Bitcoin não pode ser criado do nada. Cada novo satoshi minerado exige prova de trabalho, que significa energia real e esforço computacional. Não há comitê central decidindo arbitrariamente quantos bitcoins serão emitidos a cada ano. A oferta máxima é fixa em 21 milhões, protegida por código imutável e consenso global. No Padrão Bitcoin, o dinheiro não é manipulado para favorecer interesses políticos e financeiros. Ele simplesmente é – escasso, transparente e incorruptível.
Enquanto no sistema fiduciário a confiança é depositada em políticos, banqueiros centrais e burocratas, no Bitcoin a confiança é substituída pela matemática e pela descentralização. Não há resgates para bancos falidos, não há impressão emergencial para sustentar mercados quebrados, não há subsídios para aqueles que vivem do lobby estatal. O Bitcoin segue regras claras e previsíveis, onde ninguém pode trapacear o sistema. Isso significa que, pela primeira vez na história moderna, temos uma moeda que não pode ser roubada pela inflação, expropriada por governos ou manipulada por elites financeiras.
A escassez programada do Bitcoin redefine a lógica econômica. No sistema fiduciário, você é forçado a consumir e investir constantemente, pois guardar dinheiro significa perder poder de compra. No Bitcoin, a lógica se inverte: como a moeda mantém seu valor e até se valoriza ao longo do tempo, você pode economizar sem medo. Isso incentiva uma mentalidade de longo prazo, baseada na acumulação responsável e no investimento produtivo, em vez da especulação desenfreada que o sistema fiduciário força sobre a sociedade.
O dinheiro fiduciário não só empobrece a população por meio da inflação, mas também financia guerras e abusos governamentais. Sem a necessidade de arrecadar impostos diretamente da população, os governos podem simplesmente imprimir dinheiro para financiar conflitos, vigilância em massa e programas ineficientes. Se o dinheiro tivesse que ser arrecadado diretamente por impostos visíveis, a resistência pública seria muito maior. Mas, ao utilizar a inflação como uma forma de tributação oculta, o Estado se financia sem que a maioria perceba que está sendo saqueada.
No Padrão Bitcoin, isso não é possível. Governos não podem imprimir bitcoins para pagar guerras. Bancos centrais não podem injetar liquidez no sistema para salvar especuladores irresponsáveis. Quem quiser gastar, precisa ter produzido ou adquirido bitcoin de maneira legítima. Isso significa um retorno à responsabilidade fiscal, um freio ao crescimento descontrolado do Estado e uma proteção real contra políticas monetárias destrutivas.
Os críticos do Bitcoin dizem que ele é volátil e difícil de usar. Mas essa volatilidade nada mais é do que o reflexo de um mercado jovem, ainda se adaptando à adoção global. E sua usabilidade só melhora com o tempo, com a evolução de redes como a Lightning Network, que permite transações instantâneas e de baixo custo. Nenhuma dessas supostas desvantagens se compara à falha fundamental do sistema fiduciário: a destruição programada do poder de compra da população.
O que está em jogo aqui não é apenas uma escolha entre Bitcoin e dinheiro estatal. É uma escolha entre um sistema baseado em roubo e manipulação e outro baseado em regras imutáveis e honestidade financeira. O sistema fiduciário sobrevive da ilusão de que alguém pode ganhar sem que outro perca, que riqueza pode ser criada por decretos, que dívidas podem crescer para sempre sem consequências. O Padrão Bitcoin destrói essa ficção. Ele expõe a verdade: não há almoço grátis.
No Bitcoin, ninguém pode imprimir dinheiro para transferir riqueza dos outros para si. Se você quer riqueza, precisa criá-la. Se quer gastar, precisa ter adquirido valor de maneira justa. E, acima de tudo, ninguém pode ser forçado a participar de um sistema projetado para enriquecer poucos às custas de muitos.
O Bitcoin não é apenas uma nova forma de dinheiro. É a restauração de um princípio básico que o sistema fiduciário tentou apagar: o valor real só vem do trabalho real, e não de truques monetários e promessas vazias.
O sistema fiduciário rouba de você todos os dias, lentamente, de forma invisível. O Bitcoin é a saída. Escolha seu lado.
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Esse é um dos melhores textos sobre bitcoin que já li